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24 de novembro de 2024.
Pantanal Agora – Portal de Noticias Três Lagoas/MS

Presidente do Flamengo avisa: “Estádio sai com ou sem SAF”


Rodolfo Landim afirma que arena é projeto para “cinco anos pelo menos” e critica Allianz Parque

por: SBT Sports

O presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, afirmou neste domingo (31) que o estádio do Rubro-Negro sai “com ou sem SAF”. A declaração foi dada durante entrevista à “Rádio CBN”. Ele falou sobre o plano do clube de construir um estádio no terreno do Gasômetro, no centro do Rio de Janeiro, e criticou até mesmo a arena do Palmeiras, o Allianz Parque.

“As pessoas me perguntam muito dizendo o seguinte: mas por que não fazer uma sociedade de propósito específico para o estádio? A resposta que dou é: gente, é o modelo que o Palmeiras fez, e a gente vê o que está acontecendo lá. No dia seguinte, o cara que é o teu sócio já está brigando com você porque vai querer aumentar a receita do estádio, diminuindo a receita do clube. Esse modelo acho ruim”, falou Landim.

Para o presidente, a SAF do Flamengo não deve seguir os atuais exemplos do futebol brasileiro, em que a associação perde o controle do futebol. Rodolfo Landim mira o exemplo do Bayern de Munique. “O estádio sai com ou sem SAF. A discussão que a gente vai ter é: qual a forma de fazer isso mantendo o controle da associação desportiva sobre o futebol? Não existe a menor razão para, qualquer que seja o projeto, que o Clube de Regatas do Flamengo com seus sócios não venha a ser o controlador do seu futebol. Porque fica muita fofoca, as pessoas imaginam uma SAF do Botafogo ou Vasco. Isso não existe. O que existe é um modelo que a gente já foi estudar, e teria que ser discutido com os sócios do Flamengo se eles entenderem que esse é o caminho: o modelo do Bayern de Munique, que vendeu 25% do clube. Através desse mecanismo conseguiu recurso para construir um estádio”, declarou.

“Isso é uma discussão para o Flamengo ter depois. Primeiro, nós vamos ter o terreno? Depois, como vamos financiar esse estádio? Podemos abrir mão de usar esse dinheiro (SAF)? Podemos, só que a gente vai endividar o clube e vai ser muito mais penoso para a gente porque vai ter um custo de capital para pagar esse dinheiro que é necessário para a construção e que poderia ser revertido para o clube, para investimento em jogadores, formando uma equipe cada vez maior e melhor”, completou.

Landim explicou porque quer a compra do terreno do Gasômetro e falou sobre a razão de querer seguir no Maracanã pelos próximos 20 anos. “O desafio hoje do estádio é ter acesso a um bom terreno. É fundamental ter um local onde tenha mobilidade da população para chegar ao estádio. A vantagem hoje do Maracanã é que tem grandes vias, chegadas de ônibus, trem, metrô, transportes públicos. A quantidade de pessoas que vai com seus carros ao Maracanã é muito pequena. A ideia é procurar um terreno relativamente próximo, e o do Gasômetro é o único terreno ali disponível. Com a construção do Terminal Gentileza em frente fica com terminal de BRT, de VLT, uma rodoviária em frente, e mesmo para quem vai de trem ou metrô fica uma distância de 1km e pouquinho da estação Cidade Nova. Ou seja, para local de transporte de massa, é perfeito para se colocar um estádio. Essa é a razão principal para lutarmos tanto por aquele terreno ali. E sabendo do enorme impacto positivo que daria para uma área que hoje é degradada”, concluiu.