14 de setembro de 2025.
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Pesquisa Mensal de Serviços: setor cresce 0,3% em julho

Setor acumula seis meses de alta, puxado por informação e comunicação, enquanto turismo e transportes registram retração

Em julho de 2025, o volume de serviços no Brasil cresceu 0,3% em relação a junho, segundo a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi o sexto resultado positivo consecutivo e manteve o setor em trajetória ascendente.

No acumulado de janeiro a julho, o avanço foi de 2,6% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Já na comparação dos últimos 12 meses (2,9%), houve uma ligeira desaceleração em relação ao ritmo observado até junho, quando o índice estava em 3,0%.

Setores que mais influenciaram o resultado 

O crescimento foi impulsionado principalmente pelo grupo de informação e comunicação, que avançou 1,0%, puxado por telecomunicações e serviços de tecnologia da informação. Também tiveram alta os serviços profissionais, administrativos e complementares (0,4%) e os serviços prestados às famílias (0,3%).

Na contramão, o setor de transportes recuou 0,6%, assim como o grupo de outros serviços também apresentando retração de 0,2%. As atividades turísticas caíram 0,7% frente a junho, no terceiro mês consecutivo de baixa, acumulando perdas de 2,3% no período. 

Atividades de DivulgaçãoMês/Mês anterior (1)Mensal (2)Acumulado no ano (3)Últimos 12 meses (4)
MAIJUNJULMAIJUNJULJAN-MAIJAN-JUNJAN-JULAté MAIAté JUNAté JUL
Volume de Serviços – Brasil0,20,40,33,82,82,82,52,62,63,03,02,9
1. Serviços prestados às famílias-0,1-1,50,33,2-1,1-1,82,51,91,33,63,12,8
1.1 Serviços de alojamento e alimentação-0,6-1,50,03,4-1,2-2,03,22,51,84,13,63,2
1.1.1 Alojamento7,33,11,43,83,73,32,12,12,4
1.1.2 Alimentação2,6-2,1-2,93,12,21,44,64,03,4
1.2 Outros serviços prestados às famílias2,1-1,20,91,5-0,8-0,8-1,9-1,7-1,60,60,50,1
2. Serviços de informação e comunicação0,8-0,11,06,85,84,66,36,26,06,66,76,3
2.1 Serviços de tecnologia da informação e comunicação (TIC)0,9-0,11,47,26,26,26,86,76,66,97,06,8
2.1.1 Telecomunicações0,30,00,71,10,30,51,31,21,03,32,92,4
2.1.2 Serviços de tecnologia da informação1,4-0,51,213,712,412,212,912,812,710,611,411,5
2.2 Serviços audiovisuais0,30,0-1,73,52,2-7,52,02,00,54,54,42,2
3. Serviços profissionais, administrativos e complementares0,80,00,44,02,42,52,32,32,34,03,73,1
3.1 Serviços técnico-profissionais1,70,80,84,86,15,91,32,12,67,06,25,0
3.2 Serviços administrativos e complementares-0,9-0,7-0,43,3-0,30,03,02,42,11,91,81,7
3.2.1 Aluguéis não imobiliários-1,6-2,2-0,21,0-3,2-4,61,50,7-0,11,41,00,3
3.2.2 Serviços de apoio às atividades empresariais-0,90,6-0,74,10,61,63,53,02,82,02,02,1
4. Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio-0,21,6-0,63,33,24,11,41,72,10,91,41,9
4.1 Transporte terrestre0,51,00,50,81,23,5-2,3-1,7-0,9-2,5-2,0-1,3
4.1.1 Rodoviário de cargas-0,11,24,9-2,6-1,9-0,9-5,2-4,2-3,0
4.1.2 Rodoviário de passageiros1,42,11,0-3,3-2,4-1,91,51,51,0
4.1.3 Outros segmentos do transporte terrestre3,5-0,11,40,20,10,33,02,32,2
4.2 Transporte aquaviário-1,60,0-1,73,00,3-2,24,23,62,75,14,53,8
4.3 Transporte aéreo4,22,4-4,037,221,718,221,121,220,717,018,220,0
4.4 Armazenagem, serviços auxiliares aos transportes e correio-2,30,51,2-1,51,61,93,22,92,72,83,13,0
5. Outros serviços1,5-1,5-0,2-1,4-1,5-2,0-2,4-2,2-2,2-1,4-1,5-1,8
5.1 Esgoto, gestão de resíduos, recuperação de materiais e descontaminação0,8-2,8-6,02,61,60,55,04,22,6
5.2 Atividades auxiliares dos serviços financeiros-1,7-0,9-1,2-3,6-3,1-2,9-3,2-3,0-3,1
5.3 Atividades imobiliárias-2,1-3,8-2,31,10,3-0,12,01,61,2
5.4 Outros serviços não especificados anteriormente-1,7-1,00,3-5,7-4,9-4,1-2,4-2,4-2,6

Fonte: PMS – Pesquisa Mensal de Serviços/IBGE

Desempenho regional

O avanço dos serviços não foi uniforme entre os estados. Apenas 12 das 27 unidades da federação tiveram alta em julho. Entre os maiores destaques positivos estão:

  • São Paulo (1,7%) 
  • Paraná (1,7%) 
  • Mato Grosso do Sul (5,7%)
  • Santa Catarina (0,9%)
  • Rondônia (10,9%)

Já as maiores quedas ocorreram no Rio de Janeiro (−1,8%), Minas Gerais (−0,7%) e Amazonas (−3,5%). No acumulado do ano, 19 estados registraram crescimento, com destaque para o Distrito Federal (+6,3%), para São Paulo e Santa Catarina (ambos +4,3%), Rio de Janeiro (1,3%). 

Para o economista César Bergo, os números confirmam o papel central dos serviços no crescimento econômico deste ano. Segundo ele, os efeitos também são sentidos nos municípios, já que o ISS (Imposto Sobre Serviços) é a principal arrecadação do local.

“O setor de serviços vem contribuindo decisivamente para que o país alcance um bom crescimento econômico em 2025. A tendência é que se mantenha nesse patamar, apesar de uma desaceleração da economia neste momento, a gente vem observando em outros indicadores, o setor de serviços vem surpreendendo. Agora, para os municípios é positivo, porque é o principal imposto cobrado, que é o Imposto Sobre Serviço, ISS, que é o imposto municipal. Então, isso de fato ajuda os municípios a se fortalecerem financeiramente e esperamos que continue dessa forma.”
 

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