Atualmente, existem mais de 10 opções de testagem com diferentes metodologias e coletas de amostras biológicas distintas
As farmácias devem começar a vender o autoteste para a detecção do coronavírus agora em março. Essa é mais uma opção para auxiliar no diagnóstico da Covid-19 e poderá ser feita pela própria pessoa que desconfia estar com o vírus.
Atualmente existem no mercado mais de 10 opções de testes para detecção do vírus com diferentes métodos e amostras biológicas. “Todos são confiáveis, com sensibilidade acima de 90%. A escolha depende da finalidade, se a pessoa vai viajar, se esteve com alguém que apresentou sintomas, se vai fazer uma cirurgia eletiva”, exemplifica a biomédica sanitarista, especialista em microbiologia clínica, Fabiana Nunes.
Para a identificação do vírus, podem ser usadas diferentes amostras biológicas: secreção nasal (com o Swab, que é coleta material da nasofaringe com cotonete), saliva ou sangue. Os métodos podem ser a contagem de anticorpos (IGG e IGM), a detecção molecular ou do antígeno do vírus (conhecido como teste rápido).
“Os testes diagnósticos são indicados para esclarecer se o paciente está ou não infectado pelo vírus SARS-COV-2. No caso da pesquisa de anticorpos, o caráter é mais epidemiológico, ou seja, de monitoramento para saber se o paciente teve contato com o vírus seja por uma infecção ou mesmo através da vacina”, esclarece o médico Luiz Roberto Giacomelli, especialista em Patologia Clínica e Medicina Laboratorial.
O médico atua em um laboratório que possui unidades em 12 estados do país. A rede oferece 11 opções de exames para a detecção da Covid-19 com preços que variam de R$ 135,00 a R$ 430,00. Alguns dos exames podem ser realizados por meio de convênio, sempre com o pedido médico. É possível encontrar testes em farmácias a partir de R$ 75,00.
As opções para a coleta também variam: podem ser feitas dentro do carro (drive thru), em domicílio ou em unidades particulares. A maior parte das unidades básicas de saúde também realizam o teste para a identificação do vírus pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Nesses casos, a maior parte dos testes é teste rápido, ou seja, pesquisa o antígeno do vírus que é a identificação de partes do vírus na amostra colhida. “Esses testes têm um alto índice de confiabilidade e são importantes, especialmente para a decisão do isolamento social para evitar que o vírus se espalhe”, afirma Fabiana Nunes.
Como detectar variantes
Os exames de diagnóstico disponíveis no mercado não detectam com que tipo de variação do SARS-COV-2 a pessoa está infectada. Identificam apenas se há a presença de partes do vírus no organismo analisado. Para identificação de variantes, são realizados testes adicionais. “Faz-se outro teste cuja técnica também é molecular e por meio dele laboratórios de referência e para a segurança genômica, não para uso de diagnóstico clínico. O sequenciamento genético do vírus pode ser completo ou parcial”, esclarece a biomédica Fabiana Nunes que também é mestre em medicina tropical.
O teste molecular identifica estruturas mais completas do vírus dentro de uma amostra, é o chamado RT-PCR. Padrão ouro dos laboratórios que têm sensibilidade acima de 95%. Outra opção mais recente para testagem é o de anticorpos neutralizantes. “Buscamos detectar anticorpos com a capacidade de neutralizar ou bloquear a ligação do vírus com a célula humana, impedindo assim a sua replicação. Ocorre que ainda não é possível afirmar com todas as letras que a quantidade encontrada desses anticorpos pode ser considerada como uma proteção ou efetividade da vacina”, pondera o médico Luiz Roberto Gioacomelli.
No caso de dúvidas, os especialistas recomendam a repetição do exame. Para quem teve Covid-19, Dr. Luiz Roberto reforça a importância de se fazer exames de rotina para monitorar a saúde, mesmo após a infecção.
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Fonte: Brasil 61