Impulsionado pela pandemia, serviço é incentivado para conter a transmissão do vírus e de outras doenças
Com o aumento de casos de gripe no país, a procura por atendimentos em telemedicina cresceu nas últimas semanas. A telemedicina é o exercício da medicina a distância, em que médico e paciente se comunicam por videochamadas de aplicativos como Whatsapp e Skype. Esta é uma das medidas adotadas pelo Ministério da Saúde desde o começo da pandemia.
A telemedicina, que ganhou regulamentação do Conselho Federal de Medicina em setembro de 2021, é uma ferramenta útil para diminuir a circulação do vírus e reduzir o risco de colapso no sistema de saúde.
“O indivíduo que está gripado deve ter um acesso precoce a informações e isso pode ser feito por meio do teleatendimento, e não necessariamente por meio do atendimento médico”, explica o médico cardiologista Fabrício da Silva, especialista em emergências clínicas, que presta assistência às vítimas da Covid-19 desde o início da pandemia. O cardiologista defende a prestação desse serviço por outros profissionais da saúde, enfermeiros e fisioterapeutas.
Para a servidora pública Camila Tokarski, 38 anos, que teve sintomas gripais e precisou de uma teleconsulta para saber se poderia voltar ao trabalho presencial, a experiência não foi tão fácil. “Eu entrei no site e fiz um cadastro bem rápido. Aí quando eu entrei na fila estava na posição 957, fiquei acompanhando durante todo o dia. Fui chamada perto das 18h.”
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Como funciona a telemedicina?
Esse método de atendimento através de tecnologias eletrônicas para o serviço de saúde de qualidade é cada vez mais utilizado para ampliar a cobertura de atendimento, monitorar pacientes, trocar informações médicas e analisar resultados de exames. O processo não envolve somente atendimento assistencial, ele contribui para educação em saúde (capacitando continuamente os profissionais envolvidos), pesquisa, prevenção de doenças e agravos e promoção da saúde.
Além de viabilizar cuidados de saúde para parte da população que carece desse atendimento, seja pela localidade onde vive ou condição clínica, ela permite aos profissionais de saúde que confirmem resultados de exames, ouçam uma outra opinião, e até auxiliem ou recebam auxílio remoto em uma cirurgia.
Os atestados, laudos dos exames podem ser produzidos e entregues em formato digital, servindo como apoio importante para a medicina tradicional. Um especialista pode contribuir com o diagnóstico ou tratamento que está sendo realizado por outro profissional em qualquer lugar do mundo. Basta que tenham acesso à internet e troquem informações.
A telemedicina já é aplicada no mundo todo, é segura e legalizada, e está de acordo com a legislação e as normas médicas através do sigilo profissional, guarda e proteção de dados do atendimento, respeitando a Lei de Proteção de dados. Ela abrange educação, consultas e assistência.
Para procurar o sistema de telemedicina basta fazer os seguintes passos:
- No caso de possuir um plano privado. Entre em contato com a operadora para saber quais canais são oferecidos;
- Pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) devem procurar as informações da secretaria de saúde da sua cidade.
A interação a distância deve contemplar os atendimentos diretos pré-clínicos, clínicos, de suporte assistencial, de monitoramento e diagnóstico, por meio de tecnologia da informação e comunicação.
Fonte: Brasil 61