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27 de novembro de 2024.
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Demanda por bens industriais fecha o segundo trimestre com alta de 2,9%, segundo Ipea


Quanto à análise setorial do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), quatro dos 22 segmentos registraram avanços, com destaque para os segmentos de veículos e alimentos, com altas de 1,9% e 1,7%, respectivamente

O Indicador Ipea de Consumo Aparente de Bens Industriais fechou o segundo trimestre de 2022 com alta de 2,9%. De acordo com levantamento divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), houve crescimento de 2,7% na produção de bens nacionais e de 5,8% nas importações de bens industriais. 

Para o economista e pesquisador da Unicamp, Felipe Queiroz, entre outros pontos, o quadro se deve a um cenário de retomada gradual da economia, após um período de conjuntura crítica provocado pela pandemia. 

“Parte do resultado decorre de um processo contínuo de recuperação da pandemia. Devemos considerar uma taxa de comparação bastante deprimida, que favorece isso. Empresas voltaram a investir. Por outro lado, a projeção e a expectativa de melhora contribuíram para o resultado. O segundo ponto é que a demanda global, em grande medida estava se recuperando e ainda tende a se recuperar, a depender dos desdobramentos da guerra entre Rússia e Ucrânia”, explica. 

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Ainda de acordo com o balanço, no mês de junho, entre os componentes do consumo aparente, a produção interna destinada ao mercado nacional apresentou recuo de 0,9%, enquanto as importações de bens industriais caíram 2,7%. No entanto, quando a comparação é feita com o mesmo mês de 2021, a demanda interna por bens industriais subiu 0,1%. 

“A indústria é um grande empregador para a economia, tem um efeito multiplicador tanto em produtos de cadeias para frente quanto para trás. O setor demanda bens industriais, matérias-primas, bens intermediários de consumo. À medida que o setor emprega mais pessoas, ele produz um efeito benéfico para outros setores, como o de serviços, por exemplo”, destaca Felipe Queiroz.

Classes de produção

No que diz respeito às classes de produção, a demanda interna por bens da indústria de transformação registrou queda de 1,8% sobre maio e elevação de 3,7% no segundo trimestre do ano. A indústria extrativa mineral, por sua vez, registrou salto de 1,5% na margem e recuou 8,7% no trimestre. No acumulado em doze meses, as indústrias extrativas apresentaram alta de 14,5%.

Quanto à análise setorial, quatro dos 22 segmentos registraram avanços, com destaque para os segmentos de veículos e alimentos, que tiveram os melhores resultados, com altas de 1,9% e 1,7%, respectivamente. Em relação ao trimestre, 17 segmentos tiveram alta na comparação dessazonalizada, com destaque para o consumo aparente de derivados de petróleo, da metalurgia e de veículos, com altas de 14,4%, 6,1% e 5,4%.
 

Fonte: Brasil 61