Organizado pela Setescc (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte, Cultura e Cidadania), por meio da SubPCD (Subsecretaria de Políticas Públicas para Pessoas com Deficiência), junto à Fundesporte (Fundação de Desporto e Lazer), o diálogo proporcionou um espaço de debate sobre questões fundamentais para o desenvolvimento do esporte paralímpico, contando com a participação de atletas, técnicos, dirigentes de clubes e associações, autoridades e demais interessados na promoção da inclusão por meio do esporte.
O titular da Setescc, Marcelo Ferreira Miranda, destacou o apoio direcionado pelo Estado no desenvolvimento paradesportivo, desde a iniciação até o alto rendimento. “Se tem uma área em que o esporte transforma vidas, é no paradesporto. Estamos num momento muito importante do paradesporto em Mato Grosso do Sul, que tem um olhar muito especial para as pessoas com deficiência. O programa Bolsa Atleta e Bolsa Técnico, por exemplo, possuem um percentual reservado para os paratletas e seus treinadores em todas as categorias, nossos editais de fomento privilegiam os clubes paradesportivos, mas sabemos que podemos avançar ainda mais”.
A subsecretária estadual de Políticas Públicas para Pessoas com Deficiência, Telma Nantes, defende a expansão do movimento paralímpico por todo o Estado, com um plano de ação transversal e direcionado à promoção de modalidades para pessoas com deficiência física, intelectual e visual.
“Temos de pensar num plano de ação que não deixa ninguém para trás. O paradesporto reabilita, inclui na sociedade e transforma vidas. Precisamos expandir ainda mais o movimento paralímpico em Mato Grosso do Sul para que atenda as pessoas com deficiência em todos os municípios, promovendo o acesso a diversas modalidades”, frisa.
Diretor-presidente da Fundesporte, Herculano Borges, fez questão de enfatizar a importância da organização de clubes e associações para captação de recurso da iniciativa privada. “É de extrema relevância estruturarmos nossos clubes para a captação eficiente de recursos. Isso potencializa o desenvolvimento de nossos atletas paralímpicos e também abre portas para parcerias e investimentos que impulsionam o esporte adaptado. Estamos empenhados em trabalhar lado a lado com os clubes, oferecendo suporte técnico e estímulo para que se tornem agentes catalisadores de recursos, fortalecendo ainda mais o paradesporto em nosso estado”.
Pensando no fortalecimento dos clubes, foi convidado para o evento o presidente do CBCP (Comitê Brasileiro de Clubes Paralímpicos), João Batista Carvalho. Durante o evento, o dirigente promoveu uma capacitação aos representantes de clubes, associações e federações com temas relevantes de gestão moderna, e sanou dúvidas quanto ao planejamento estratégico especialmente voltado à captação de recursos.
Atleta de bocha paralímpica, Nilton Gonçalves participa pela segunda vez de encontros promovidos pela SubPCD neste ano, que visam debater o paradesporto e o esporte paralímpico. Para ele, o estado é referência na consolidação de políticas públicas voltadas à comunidade paradesportiva. “A gente vê que o estado está empenhado em fazer o esporte crescer, principalmente o paralímpico, criando oportunidades como a Bolsa Atleta e apoiando atletas para se destacar no cenário nacional. Somos um celeiro de atletas e é importante esse incentivo do Estado para aqueles que ainda estão começando”.
Técnica de diversas modalidades paralímpicas, Marli Cassoli é uma das principais protagonistas na luta pelos direitos das pessoas com deficiência no esporte em Mato Grosso do Sul. Atualmente, ela preside a ADD (Associação Campo-Grandense Paradesportiva “Driblando as Diferenças”), responsável por revelar atletas e fomentar a prática esportiva, especialmente na bocha e paratletismo.
Para Marli, a continuidade de debates entre dirigentes e a comunidade esportiva é crucial para Mato Grosso do Sul dar mais um passo em direção à inclusão e promoção do esporte para todas e todos. “Hoje, Mato Grosso do Sul é referência quando o assunto é paradesporto e devemos pensar daqui para frente. Nada mais importante do que reunir os principais interessados para debater dificuldades, desafios e chegar em nossa melhor versão. Então, o diálogo promovido aqui é essencial para que avancemos ainda mais, sobretudo para que mais municípios possam desenvolver o paradesporto.
Lucas Castro, Setescc
Fotos: Thais Bacchi/Fundesporte—
Assessoria de Comunicação da Fundação de Desporto e Lazer de Mato Grosso do Sul