Segundo o diretor de Desenvolvimento Setorial da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Maurício Nunes, a tendência para os próximos anos é que o setor mantenha a estabilidade da evolução
Em 2022, o setor de saúde suplementar contabilizou aproximadamente 50,5 milhões de usuários em planos de assistência médica, o maior número desde dezembro de 2014. O dado é da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Segundo o diretor de Desenvolvimento Setorial da ANS, Maurício Nunes, nos últimos 10 anos o setor mantém um comportamento estável em relação ao número de beneficiários, porém a partir de 2020, notou-se um crescimento constante neste número.
Maurício também destaca que em um ano, os planos médicos hospitalares apresentaram um crescimento de 1.590.000 beneficiários.
“Quando a gente olha os dados de dezembro de 2022 comparados com novembro de 2022, a gente observa um crescimento de aproximadamente de 240 mil usuários de planos médico hospitalares.”
Geovanna Prudencio, de 20 anos, moradora de Brasília e estudante de enfermagem, diz que optou por contratar um plano de saúde por dificuldades no sistema público.
“Quero futuramente migrar para um plano hospitalar mesmo, porque agora eu estou ambulatorial, mas tem atendido as minhas necessidades de exame e de consultas”, explica a estudante.
Comparado a dezembro de 2021, o último ano registrou aumento de beneficiários em planos de assistência médica em 25 unidades federativas, porém, os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais tiveram o maior ganho.
O diretor de Desenvolvimento Setorial da ANS conta que o aumento de beneficiários de planos médicos hospitalares mostrou um aumento significativo nos planos coletivos empresariais.
“Esse aumento nos planos coletivos empresariais é muito suscetível ao comportamento da economia. A gente teve um aumento de 1.538.000 novos beneficiários nesses planos coletivos empresariais. Se há geração de empregos, é comum termos esse aumento, considerando que o plano de saúde está entre os principais benefícios que são almejados pelos trabalhadores”, afirma Nunes.
Para os próximos anos, o diretor diz que a tendência é manter a estabilidade da evolução do setor, porém é preciso analisar alguns fatores como o cenário econômico financeiro, a empregabilidade e a variação dos custos em saúde que exercem impacto relevante no setor de saúde suplementar.
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Fonte: Brasil 61