Neste primeiro semestre, foram R$ 43 bilhões viabilizados pelo BNDES para micro, pequenas e médias empresas. O presidente do Sebrae, Décio Lima, destaca a importância do acesso a crédito
No primeiro semestre deste ano o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) viabilizou R$ 43 bilhões em apoio a micro, pequenas e médias empresas. O presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Décio Lima, destaca que o acesso ao crédito colabora para o crescimento dos negócios, mas que também é necessário que as condições gerais da economia sejam favoráveis.
“É evidente que os pequenos negócios precisam alavancar o seu protagonismo com acesso ao crédito na forma como o BNDES ofereceu neste primeiro semestre, que reuniu em torno de R$ 43 bilhões, dos quais parte significativa destinada aos micro e pequenos negócios. Entretanto, precisamos trabalhar a queda da taxa Selic, e criar aquilo que chamamos de fundo garantidor”, explicou.
Os fundos garantidores servem para atender às garantias exigidas pelos agentes financeiros ao conceder crédito. É o caso do FGI PEAC, que é o Programa Emergencial de Acesso a Crédito, criado durante a pandemia e reaberto até o final de 2023.
Esse programa possibilita que, mesmo em cenários econômicos adversos, os agentes financeiros parceiros do BNDES possam oferecer linhas com condições diferenciadas nas operações de crédito que contratam, beneficiando principalmente pequenos negócios. Dentre os recursos, R$ 24,1 bilhões foram destinados a operações de crédito com soluções de garantia do BNDES. O FGI PEAC teve mais de 77 mil operações.
Os empréstimos e financiamentos às micro, pequenas e médias empresas nos primeiros seis meses do ano somaram R$ 18,9 bilhões, um aumento de 53% em relação ao mesmo período do ano passado. Nesse ano foram, ao todo, 71,5 mil operações de crédito, realizadas por 46 instituições financeiras. Desse valor, a maior parte foi destinada à aquisição de máquinas e equipamentos, um total de R$ 12,7 bilhões. Os recursos também foram destinados a projetos de investimento, capital de giro, entre outros.
Esse investimento colabora com o crescimento das empresas e para a criação de novos postos de trabalho, como destaca o presidente do Sebrae, Décio Lima. “Alcançamos 1,023 milhão novos empregos no primeiro semestre, isso significa dizer que o setor que representamos, o Sebrae, micro e pequenos empreendedores reuniram uma expectativa além das possibilidades iniciais, quando começamos o ano. Os resultados da economia identificam que a maior empregabilidade ocorrida nesse período é do micro e pequeno empreendedor”, afirmou.
Importância do crédito para indústrias
O Plano de Retomada da Indústria da Confederação Nacional da Indústria (CNI) cita a necessidade de financiamento como uma das medidas fundamentais para o setor. Uma agenda com 60 medidas transversais foi elaborada com o objetivo de contribuir para a modernização de processos produtivos, a redução dos custos de produção e a inserção de empresas brasileiras no mercado global.
Em relação à necessidade de financiamento, o plano inclui propostas que “visam garantir o acesso ao crédito, principalmente das pequenas e médias empresas, com programas que ofereçam garantias aos empréstimos e para a modernização industrial, para a inovação e para a economia de baixo carbono, além de fortalecer a atuação do BNDES como principal agente promotor da reindustrialização do Brasil”, aponta a CNI.
As propostas estão divididas em nove eixos temáticos: tributação, financiamento, comércio e integração internacional, ambiente regulatório e segurança jurídica, infraestrutura, inovação e desenvolvimento produtivo, educação, relações de trabalho e desenvolvimento regional.
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Fonte: Brasil 61