Brasil registra 1.729 cervejarias em 2022, um aumento de 11,6%, segundo Anuário da Cerveja, divulgado pelo Ministério de Agricultura e Pecuária
O setor cervejeiro cresceu 11,6% em 2022, com a abertura de 180 novos estabelecimentos no país. Ao todo, o Brasil registra 1.729 cervejarias. As informações são do Anuário da Cerveja 2022, divulgado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) na última quarta-feira (5).
Ao longo da última década, o crescimento é significativo. E muitas novas opções têm surgido no mercado, como explica o presidente-executivo do Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (SINDICERV), Márcio Maciel. “São mais de 10 vezes o número de cervejarias hoje que temos do que tínhamos há 10 anos atrás. Grandes cervejarias entrando no Brasil, aumentando a diversidade de produtos que estão sendo oferecidos aqui, e o brasileiro passando a conhecer a diversidade que a cerveja tem, isso fez com que as pequenas também começassem a desenvolver produtos com sabores regionais do Brasil, novos tipos de cerveja, que está ajudando muito nosso setor a crescer”, comenta Maciel.
O crescimento constante do setor coloca o Brasil em terceiro lugar como maior produtor de cerveja do mundo, atrás da China e dos Estados Unidos. O setor tem movimentação expressiva, como destaca o presidente da Associação Brasileira de Cerveja Artesanal (Abracerva), Gilberto Tarantino.
“Em números gerais, a gente tem uma estimativa de mais de 2 milhões de empregos diretos e indiretos. A gente está falando, segundo dados oficiais do Mapa, de 14,2 bilhões de litros produzidos no ano passado, isso representa aproximadamente 2% do PIB nacional”, enumerou o presidente da Abracerva.
Ainda segundo o anuário, não houve diminuição do número de estabelecimentos em nenhuma unidade da Federação. Entre os estados com maior número de cervejarias está São Paulo, com 387 estabelecimentos, seguido do Rio Grande do Sul, com 310, e Minas Gerais, com 222.
Entre os maiores desafios encarados pelo setor está a tributação, como destaca o presidente-executivo do SINDICERV. “A gente precisa de reformas estruturantes que tornem mais fácil empreender, pagar imposto e gerar renda no Brasil. Por exemplo, a reforma tributária, a gente precisa de uma sinalização de reforma tributária que de fato traga simplificação para pagar imposto no Brasil, e que traga não aumento de carga. O brasileiro, pra cada cerveja que ele compra, ele tem embutido no preço dela 56% de imposto. Nenhum país na América Latina tem tanto imposto quanto o Brasil tem”, critica Maciel.
Fonte: Brasil 61