Nas últimas semanas, o VSR foi responsável por 48,6% dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em crianças
A Fiocruz emitiu um alerta para o aumento dos casos associados aos vírus influenza A e B em diversos estados do país. Bahia, Ceará, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, foram os que mais tiveram casos positivos de síndrome respiratória aguda em públicos de diferentes faixas etárias, Espírito Santo, Maranhão, Pará, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rondônia e em Sergipe, a predominância de SRAG avança entre a população infantil. Em outros estados do Brasil, o sinal da doença ainda é baixo.
O pesquisador da Fiocruz Marcelo Gomes destaca a importância de pais e responsáveis ficarem atentos aos sinais de gripe que as crianças apresentam.
“Então é extremamente importante que a gente mantenha um olhar atento, que os pais, os responsáveis, estejam bastante atentos aos sinais de problemas respiratórios na sua criança. Está ali com o peito chiando, está com a respiração um pouco deficitária, com dificuldade de respirar, está apresentando algum incômodo, leve ao pediatra, leva ao posto de saúde, faz o acompanhamento mais próximo para poder ter o melhor acompanhamento médico possível para evitar um eventual quadro mais grave”, ressalta.
De acordo com dados mais recentes, nas últimas quatro semanas, o VSR foi responsável por 48,6% dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) com resultado laboratorial positivo. Já em relação ao vírus Sars-CoV-2 (Covid-19), houve uma redução expressiva na população adulta, sendo 29,5% de casos positivos registrados na Epidemiológica (SE) 16, período de 16 a 22 de abril.
Casos de SRAG no país:
Entre as capitais brasileiras, 11 delas apresentaram crescimento de casos da doença: Aracaju, Brasília, Florianópolis, Fortaleza, Maceió, Natal, Porto Velho, Rio Branco, Rio de Janeiro, Salvador e São Luís.
Este ano, 49.983 casos de SRAG já foram notificados, sendo 19.250 (38,5%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 22.804 (45,6%) negativos, e ao menos 4.926 (9,9%) aguardando resultado laboratorial. Dentre os casos confirmados, 4,2% são influenza A; 4% influenza B; 37% VSR; e 44% Sars-CoV-2. Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 9,1% para influenza A; 6,2% para influenza B; 48,6% para VSR; e 29,5% para Sars-CoV-2.
Apenas durante duas semanas, o Brasil obteve a marca de mais de 10 milhões de pessoas vacinadas contra a gripe. Apesar de não existir uma vacina contra a VSR, as vacinas disponíveis contra a influenza e covid-19,já ajudam a reduzir outros problemas respiratórios e infecções graves.
O infectologista Dalcy Albuquerque enfatiza a importância de manter o ciclo vacinal de qualquer doença, em especial da gripe atualizada.
“Quanto mais pessoas imunizadas menos o vírus circula, porque na melhor das hipóteses, mesmo que a pessoa adoeça, a carga viral dela é menor. Portanto, a possibilidade dela infectar outra pessoa e essa outra pessoa infectar outra e criar uma cadeia de transmissão é bem menor. Então por isso que é importante que o maior número possível de pessoas sejam imunizadas”.
Fonte: Brasil 61